30 de outubro de 2007

Prosa Hermética 15

Tudo está apodrecendo por dentro. Hora! Hora! Bem na hora!
Sinto falta de qualquer coisa que estava aqui, dentro aqui, dentro. Qualquer coisa que não está mais. Vou derreter e espalhar ali, daquele lado eu vejo, na sarjeta, vou distribuir qualquer parte podre, destas que se soltam pelo ar. Virgulador. Bem na hora!
Suar até que o sexo seja algo verdadeiro. Suar até que não seja mais automático. Suar até que seu corpo seja o meu. Eu não quero encontros orquestrados. Quero a música casual dos vagabundos na sarjeta. Quem vai suar até a sarjeta?
Me leve para o mais longe daqui, deste corpo, deste estar.
Dói. Cai. Dói. Tudo está já está podre. Hora! Hora! Bem na hora!

Nenhum comentário: