26 de dezembro de 2010

Prosa Hermética 31

Cave um poço para esconder seu desespero. Posso ser mesmo que incompleto. Acredite na Checoslováquia como porto seguro. Hinos heróicos em volume ensurdecedor. Bandeiras manchadas sem vento para alegrar. Nascidos para matar, convencidos a morrer. Sussurrar aos velhos surdos historinhas para ninar. Viúvas virgens já não esperam o amor. Romances baratos foram feitos para arder em chamas. E se chamas pelo fogo é o gelo que virá. Tudo dito e explicado para não fazer sentido. Todo roto e esfarrapado no escuro a não chorar. Destroços são de aço. Meus ossos derreterão. Tudo que é chão também pode ser cova. Soldadinhos de plástico marchando para lugar nenhum e travando batalhas imaginárias. Somos. E mesmo assim ferem os tiros, doe perder a batalha.

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