29 de janeiro de 2008

Prosa Hermética 20

Eram flores e estou fragmentado. O que eu sei sobre todas as mecânicas íntimas? São infinitas, labirínticas, traiçoeiras... É um brinquedo caro, outra possibilidade qualquer... Eram os tolos na chuva. Eram as máquinas de crachá. Eram todas as razões lógicas e inúteis. O silêncio refletirá a paz que me foi roubada. E se acordei pensando em bombas é porque dormi sonhando com tranqüilidade superficial. Era a minha vez, eu sei senhor, era a minha última chance para juntar-me a qualquer outra simples existência... Mas nós estamos apenas perdendo tempo, porque eu acredito na complexidade, porque eu desejo a profundidade... Este pequeno mundo sobre os meus ombros é apenas parte de todo o meu universo... Eram nomes escritos em folhas molhadas. Eram vidas há um segundo atrás. Nunca foi apenas uma coincidência metafísica... E estou fragmentado. Tudo está planejado para dar errado, mas eu quero mesmo assim.

2 comentários:

Bárbara (B.) disse...

Ah, moço, eu também, eu também.

A superficialidade me enoja.

Marcela disse...

É preciso tempo para se explorar o universo. Interessante e intrigante a cada descoberta. Um lugar oculto hoje outro amanhã... cada um com seu encanto ou não. A pressa a insegurança e o descaso geram superficialidade. No fim podemos até achar que foi perda de tempo, mas cada universo íntimo tem sua riqueza e um explorador jamais se cansa de buscar de conhecer...