12 de janeiro de 2008

Prosa Hermética 18

Trancadas num quarto em um hotel de luxo. Retornando ao lar como o filho pródigo. Miseráveis escorados uns nos outros. Pequenas solidões convergindo em curto espaço-tempo. Eles voltaram. Nem a poeira ou a fragilidade da tinta os descaracterizaram.
Isolados e esquecidos em um canto escuro eles buscam a luz. Refletores, calor, pó branco e mundo volátil, é disso que se alimentam. Têm fome. Aquele que veste branco já espera há mais de um ano. Aquelas que se beijam estão trancadas há pelo dois... Os miseráveis escoram-se no vazio há quase três...
Então eles retornam. Eu vou cumprir a promessa, eles serão libertados e encontrarão seus irmãos de universo.

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