Esperando que a vida me atropele eu me escondi numa caverna particular.
Sartre havia advertidos tempos atrás, mas a minha amnésia para concretudes foi mais forte. É... eu estava afogado em subjetividade. E o mundo objetivo passava ao largo, distante.
Um dia a vida atropela.
Desta vez assusta-me a minha tranqüilidade. É tanta tranqüilidade que beira o desespero. Esta é a vida adulta?
Desesperadora tranqüilidade frente ao desesperante atropelamento cotidiano.
A caverna particular nunca foi invadida. Nela reina a escuridão criativa. Caos.
Desenho quatro formas de vida na parede. Despeço-me. E novamente vem a vida, atropela-me, engessa-me num futuro não esperado.
Bem vindo ao clube, gritam as personagens.
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