29 de outubro de 2014

Prosa Hermética 34

A incapacidade de ordenar uma multidão de sintagmas. Virgular a vida. Continuar a continuar-se. Ocupado demais para aprender a apreender aquilo que cooptaria a paixão que se esboça por aí, de vez em quando, quando ninguém vê. Aqui na camada interior, anterior à maquinaria expressante, uma multidão de sintagmas incapazes de ordenar os vãos que permanecem. Vida virgular. Paralisado demais para desprender daquilo que entope os poros e os polos, com resignação circular, concreta e compartilhada. Ali na camada exterior, o maquinário ameaça parar, porém continua, mesmo desordenado e mergulhado em vãos, a continuar-se de formar exemplarmente virgulante.

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